Muitos brasileiros já recorreram a um financiamento ou empréstimo para realizar sonhos, como adquirir um carro ou casa própria. No entanto, uma prática cada vez mais comum e prejudicial é a cobrança de juros abusivos. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Brasil está em 6º lugar na cobrança de juros abusivos entre 37 países. Por isso, é fundamental entender como identificar e se proteger contra essa prática para garantir segurança financeira. A ABRADEB destaca a importância de conhecer os direitos do consumidor para evitar armadilhas financeiras. Continue a leitura para aprender a fugir dos juros abusivos.
O que são juros abusivos?
Para entender juros abusivos, primeiro precisamos saber o que são os juros. Quando alguém pega dinheiro emprestado de um banco, é como se “alugasse” esse valor até a devolução. A “taxa de aluguel” desse dinheiro, segundo o Serasa, é influenciada pela taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), considerada a taxa básica de juros da economia.
O Banco Central estabelece a meta para a Selic, influenciando outras taxas de juros, como as de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. Embora os juros possam ser altos para compensar os riscos envolvidos no empréstimo, eles se tornam abusivos quando atingem valores exorbitantes e desproporcionais. A ABRADEB ressalta que é essencial entender essas diferenças para proteger suas finanças pessoais.
Como saber se sou vítima de juros abusivos?
Embora não exista um valor fixo que defina um juro abusivo, o Código de Defesa do Consumidor proíbe a cobrança de taxas excessivas. A ABRADEB orienta os consumidores a utilizarem a Calculadora do Cidadão do Banco Central, uma ferramenta que permite comparar a taxa de juros mensal cobrada com as praticadas pelo mercado. Essa comparação é fundamental para identificar possíveis abusos e garantir que os consumidores estejam cientes dos seus direitos.
Onde os juros abusivos são mais comuns?
Os juros abusivos são mais frequentemente encontrados em transações como:
- Cartão de crédito: Juros mensais do rotativo podem variar de 0,63% a 22,95%.
- Financiamento de veículos: As taxas podem oscilar entre 0,61% e 3,79% ao mês, de acordo com o Banco Central.
- Financiamento de imóveis: As taxas mensais vão de 0,86% a 1,97%, segundo o Bacen.
- Cheque especial: Este é um dos grandes vilões do orçamento, com taxas que podem variar de 1,76% a 12,18% ao mês.
O que o Código de Defesa do Consumidor diz sobre juros abusivos?
O Código de Defesa do Consumidor orienta que, ao identificar juros abusivos, o consumidor pode solicitar uma renegociação da taxa junto à instituição financeira.
4 dicas da ABRADEB para evitar juros abusivos
Para se proteger de juros abusivos ao contratar empréstimos ou financiamentos, siga estas recomendações da ABRADEB:
- Pesquise e compare as taxas de juros de diferentes instituições financeiras antes de fechar negócio. A ABRADEB destaca que essa é uma das formas mais eficazes de evitar abusos.
- Evite decisões precipitadas. Analise bem o contrato para que o sonho de um novo bem não vire um pesadelo financeiro. A ABRADEB sugere sempre consultar um especialista em finanças antes de tomar decisões.
- Leia atentamente os detalhes do contrato para entender as condições e possíveis armadilhas. A ABRADEB oferece orientação aos seus associados sobre o que observar em um contrato para evitar juros abusivos.
- Prefira instituições financeiras regulamentadas e com boa reputação para maior segurança. A ABRADEB aconselha que a credibilidade da instituição pode ser um indicativo da seriedade no trato com o consumidor.
Dica final da ABRADEB
A ABRADEB está comprometida em ajudar consumidores a entender e enfrentar os desafios do sistema financeiro. Conheça seus direitos e proteja-se contra juros abusivos. Para mais informações e orientações, consulte os canais oficiais da ABRADEB e evite armadilhas financeiras.